A HOASCA


Conhecida desde tempos imemoriáveis, acessivel mais amplamente nestes fim de ciclo Terrestre pela misericórdia divina, para acelererar a elevação da conciência do homem.


Ayahuasca é uma bebida psico-ativa feita pela cocção de duas espécies vegetais distintas e utilizada em cerimônias ou rituais religiosos, conhecida pelos Inca após Huayna Cápac.


O que é Ayahuasca e sua origem


A Ayahuasca tem a sua origem nos povos indígenas pré-colombianos e é considerada a bebida sagrada dos povos Incas e de várias tribos do território nacional, sendo o seu uso ritualístico legalmente autorizado pelo CONFEN-Conselho Federal de Entorpecentes para diversos grupos religiosos do país.


Todas as plantas provêm do Grande Espírito, são bênçãos, não há plantas ruins, no entanto, todas foram criadas com funções distintas. Existem as plantas medicinais, as plantas de poder e as plantas de poder professoras.


A Ayahuasca se caracteriza como Planta de Poder Professora, pois tem a capacidade de promover a ampliação da consciência, a conexão com o mundo espiritual e ainda guiar e ensinar como se conduzir neste mundo.


A Ayahuasca é a rainha das plantas de poder nesta era em que vivemos.Uma planta de poder tem a capacidade de causar alterações de consciência em quem a utiliza. Ela não causa qualquer dano físico ao usuário e, ainda, pode chegar a reativar por completo órgãos danificados ou mesmo, em certos casos, reativar totalmente órgãos que não funcionam mais.


Outra característica é que a planta de poder possui elementais masculinos e femininos igualmente, promovendo o equilíbrio da energia em quem a utiliza. É muito importante frisar que uma planta de poder jamais pode causar dependência em quem dela faz uso. Ela jamais viciará ninguém, pois age pela energia e não pela química que possui, tanto que, as leis científicas não enquadram as plantas de poder na classe de drogas.


Esta é a razão pela qual o organismo jamais oferece resistência a uma planta de poder. Um detalhe importante é o fato de toda planta de poder promover, sempre que houver necessidade, a limpeza física e energética do canal ou corpo que a usa, pois a Luz não habita em templo sujo.


A planta de poder conecta quem a usa com a “sensitividade” e com as energias do espírito. Ela promove, cada vez mais, o alinhamento e a abertura dos chakras, dessa forma, seu usuário começa a aumentar o seu SENTIR. Começa a compreender pela intuição e basear suas certezas na luz em que passa a viver. Ele sabe o caminho que deve seguir porque SENTE, e não porque a razão assim definiu.


Dentro de você existe o ego e o espírito, ou seja, a mente racional e o eu superior espiritual. Qual deles você acha que têm o maior valor? Qual deles está comandando você?


Você é aquele que “SENTE” e não aquele que “PENSA”. Refiro-me ao seu Eu Verdadeiro em contraposição ao seu Ego. Seu corpo é apenas um aparelho sensorial que permite experienciar o mundo da matéria, da ilusão. A mente é apenas um veículo. Ela é pensante e, se pensa, também não pode ser você. É o ego que se manifesta através da lógica, dos pensamentos. E o ego não é você. Ele é uma ferramenta maravilhosa que você tem, mas que será o seu lado negro se não o dominar.


Nos trabalhos de consciência ampliada com Ayahuasca, você sempre tenderá a manter contato direto com seu Eu interior, com a sua essência. Verá a si mesmo por dentro, com todas as mazelas e qualidades que possui. Adentrará ao mundo das causas e quebrará os véus da ilusão, o que lhe manterá na Verdade (ver+dado=dado a visão).


O seu Eu Verdadeiro, está muito além do seu corpo e de sua mente. Você é muito mais que seu corpo e sua mente. Mas então quem é você e onde você está?


É para a obtenção dessas respostas que o Xamanismo encaminha você. Na verdade, todos os caminhos levam a Deus. Uns são rápidos e retos, como nos ensina a Luz. Outros são cheios de curvas e longos demais. Daí a expressão “uns encontram pelo amor outros pela dor”.


A meditação e as plantas de poder, se usadas corretamente, são alguns desses caminhos rápidos e retos para a integração com o cosmo, para a integração com Deus. Ambos lhe conduzirão para os estados mentais da consciência ampliada.


A Ayahuasca em rituais de Xamanismo é um atalho para a iluminação. No “Bom Caminho Vermelho” se aprende rápido que todo homem precisa encontrar seu centro: ser forte com os fortes e fracos com os fracos; em meio a lobos precisamos ser leões, não cordeiros; ser bons e não “bonzinhos”. Sem meias verdades, que obviamente são meias-mentiras.


A intuição lhe dá a direção, a razão traça o caminho, e pela VONTADE você alcança as mudanças que deseja. No mundo existe a luz e a ausência de luz. E na ausência da luz o homem se prende ao TER, que é uma ilusão, afastando-se do SER, que é a realidade. Pensa demais, racionaliza demais. Assim, enxerga como se houvesse fumaça diante dos olhos e se perde.Espiritualmente não existe a omissão, apenas a conivência. O omisso em relação ao mal é, na verdade, conivente com o mal.


A Ayahuasca, como planta de poder professora, ensina o caminho da verdade, sem máscaras, sem fuga. Isso porque no exercício da consciência ampliada você consegue reconhecer o que você é realmente e o que você não é. Esse reconhecimento da verdade e da ilusão também é válido para o mundo ao seu redor.


Portanto, não concordar com as coisas que lhe desviam da luz é sábio. E enxergá-las é uma grande necessidade de evolução


Uma das plantas é a liana, cientificamente denominada Banisteriopsis Caapi, e a outra é um arbusto da família das rubiáceas denominada Psychotria Viridis. Em Quéchua as plantas são conhecidas como Mariri, o nome da liana, e Chacruna ou Chacrona, o nome do arbusto. Na mesma língua o nome da bebida é Ayahuasca – vinho dos espíritos, das almas, dos mortos ou dos ancestrais.
A bebida é feita das duas plantas postas em maceração ou cozinhadas, com diversos graus de apuro e concentração. As plantas são conhecidas por várias outras denominações por estar sendo usada desde de tempos imemoriais numa área extensa e por diversas nações indígenas separadas por grandes distâncias, diferenças culturais e idiomáticas.
De acordo com Schultes, Richard Evans, and Raffauf, Robert F. - The Healing Forest: Medicinal and Toxic Plants of Northwest Amazonia (1990); Portland, OR: Dioscorides Press - são conhecidos pelo menos 42 nomes indígenas para esta poção usada por pelo menos 72 tribos indígenas da bacia Amazônica.


A antiguidade do uso da Ayahuasca se perde na pré-história. De uma utilização regional milenar, centrada na Amazona ocidental, seu uso tem modernamente se expandido em toda a América do Sul, primordialmente, graças à preservação do uso pelos indígenas e mestiços, apesar da incessante repressão cultural desde os primórdios da colonização. Muito do que se pratica e conhece sobre Ayahuasca vem da observação e conhecimento empírico acumulado pelos indígenas.
O uso dessas plantas pelos mestiços em geral acontece dentro do contexto da etno-medicina e segue os princípios gerais do uso tradicional dos nativos (uso xamanista) com modificações e acréscimos atinentes aos diversos sistemas de crenças religiosas importados junto com a colonização, principalmente: espiritismo, cristianismo, maçonaria e cultos africanos.
O impulso inicial em direção a uma expansão mundial da utilização da Ayahuasca se deu graça ao interesse geral por assuntos etnológicos e à expansão dos grandes movimentos religiosos sincréticos do Brasil, organizados em torno da utilização da Ayahuasca como sacramento religioso.

A CIÊNCIA



VISÃO CIENTÍFICA DA HOASCA


Visão científica sobre a Ayahuasca 

Abaixo, um material bastante interessante que demonstra claramente que ayahuasca não causa danos físicos ou psicológicos, de qualquer nível. Muito pelo contrário, o grupo de usuários pesquisados se saiu consideravelmente melhor que o grupo de controle.

INOCUIDADE DA AYAHUASCA

Entre 1991 e 1993, a Universidade Federal de São Paulo (antiga Escola Paulista de Medicina), Universidade de Campinas, Universidade do stado do Rio de Janeiro, Universidade do Amazonas, Instituto Nacional de Pesquisas Amazônicas (INPA), Universidade da Califórnia, Universidade de Miami, Universidade do Novo México e Universidade de Kuopio (Finlândia), foram convidados por inciativa de uma das igrejas sincréticas Brasileiras, a UDV, para gerenciar uma pesquisa cientifica, intitulada “Farmacologia Humana da Hoasca, chá usado em contexto ritual no Brasil”.

A pesquisa foi articulada pela direção central do Centro de Estudos Médico-Científico da União do Vegetal, órgão interno da instituição, que reúne seus adeptos profissionais de áreas relevantes. Os resultados constatam que a bebida Ayahuasca é inofensiva à saúde.

A pesquisa está publicada em importantes revistas científicas como: “Psychopharmacology”, em texto assinado por J. C. Callaway (PhD), e “The Journal of Nervous and Mental Disease”, em texto de Charles S.Grobb(PhD).

Este estudo se deu em Manaus e envolveu nove centros universitários e instituições de pesquisa do Brasil, Estados Unidos e Finlândia, financiados pela fundação norte-americana Botanical Dimension. A pesquisa começou a ser planejada em 1991 e aconteceu em 1993. Consistiu em aplicar testes laboratoriais e questionários, dentro dos procedimentos científicos padrões, em usuários da Ayahuasca. Eram pessoas de faixas etárias variadas, dos meios urbano e rural, freqüentadores assíduos dos cultos. Os testes foram também executados em não usuários servindo de grupo de controle.


A avaliação psiquiátrica conduzida pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo, Centro de Referência da Organização Mundial da Saúde, não encontrou entre os usuários pesquisados nenhum caso de dependência, abuso ou perda social pelo uso da Ayahuasca, aspectos presentes em usuários de drogas proscritas pela legislação.

As conclusões comparativas são surpreendentes. A primeira delas, confirmando a afirmação de que a bebida é inócua do ponto de vista toxicológico: não se constatou “nenhuma diferença significante no sistema neurosensorial, circulatório, renal, respiratório, digestivo, endócrino entre os grupos experimentadores e de controle”.

Nos testes psiquiátricos, foram aplicados os recomendados pela ortodoxia científica, o CIDI (Composite International Diagnostic Interview), com os critérios do CID 10 e DSM IIIR, e o TPQ (Tridimensional Personality Questionnaire). Constatou-se que os usuários da Ayahuasca, comparativamente aos não usuários (grupo de controle) mostraram-se mais “reflexivos, resistentes, leais, estóicos, calmos, frugais, ordeiros e persistentes”. E ainda: mais “confiantes, otimistas, despreocupados, desinibidos, dispostos e enérgicos”. Exibiram também “alegria, hipertimia, determinação e confiança elevada em si mesmo”. Os examinandos apresentaram desempenho significativamente melhor que os do grupo de controle quanto à capacidade de lembrar as palavras na quinta tentativa. Foram melhores também em “número de palavras lembradas, recordação tardia e recordação de palavras após interferência”.

Embora o protocolo de estudo não permitia separar os benéficos atinentes ao contexto religioso dos efeitos da bebida em si, esta pesquisa confirma a impressão geral, decorrente da sua utilização milenar, da inocuidade da Ayahuasca. De fato não se conhece caso de lesões e doenças provocadas pelo seu uso “in natura”, sem adulterações ou misturas.


SOMOS LEGAIS




Caminho da Legalização

O uso ritualizado da Ayahuasca obteve respaldo legal do COFEN – Conselho – Conselho Federal de Entorpecentes, que foi extinto em 1998, tendo suas atividades absorvidas pelo então SENAD – Secretaria Nacional Anti-Drogas. Foram duas resoluções:

1986

O Dr. Domingos Bernardes da Silva Sá concluiu, através de seus estudos, que o Ayahuasca não deveria ser incluída na lista dos produtos proibidos pela DIMED – Divisão Médica do COFEN em razão de sua concentração de DMT (nesse caso, muitas outras substâncias também deveriam ser incluídas nessa lista: café, suco de laranja, etc.).

1992

O COFEN decidiu liberar oficial e definitivamente a ayahuasca por haver ampla comprovação de efeitos benéficos, com base no controle exercido pelos centros que utilizavam ayahuasca com seriedade (1986-1992) ***. Segundo observação da Comissão Multidisciplinar (médicos, antropólogos, psicólogos, enfim, todas as correntes do saber), a substância estimulava comportamentos construtivos, com grandes ajustes sociais e psicológicos dos participantes. Também foi constatado um forte senso de coesão social e cooperativismo entre os participantes da Comunidade do Daime.

2004 – O TEMPO PASSA E MUDAM OS DIRETORES DAS INSTITUIÇÕES, OS NOMES DAS INSTITUIÇÕES, OS PRESIDENTES E TAMBÉM AS TECNOLOGIAS E OS RECURSOS DA CIÊNCIA.

Naquele ano, o então Presidente do CONAD – Conselho Nacional Anti-Drogas pediu o parecer de uma “Câmara de Assessoramento Técnico-Científico” para o processo de legitimização do uso da ayahuasca, o qual estava completando 18 anos (desde seu início em 1986, quando saiu da lista da DIMED, até 2004). O novo dirigente do CONAD, ao assumir a responsabilidade de presidir aquela instituição, que legalizou o uso da Ayahuasca, e sentindo a necessidade de se respaldar e fazer uma reavaliação da questão, determinou novos estudos e novas averiguações, tendo a Ayahuasca sido novamente aprovada. Essa Câmara de Assessoramento Técnico-Científico, concluiu que a legalização estava respaldada e alicerçada:

Em análise multidisciplinar;
No direito constitucional do exercício do culto de tradição milenar para a evolução da humanidade;
Ampla gama de informações sobre o assunto, obtidas:
de profissionais de diversas áreas do conhecimento humano;
de órgãos públicos;
da experiência comum;
do reconhecimento nos diversos segmentos da sociedade civil, etc.
Tendo em vista todo esse respaldo, a Câmara de Assessoramento Técnico-Científico resolveu manter a legalização do uso da ayahuasca e sugeriu a instituição de um Grupo Multidisciplinar de Trabalho (GMT), com a função de levantar e acompanhar o uso ritualizado da ayahuasca, bem como acompanhar as pesquisas sobre sua utilização terapêutica. Esse grupo é composto por representantes dos mais variados segmentos do conhecimento humano, tais como: antropológicos, farmacológicos, bioquímicos, psicológicos, psiquiátricos, jurídicos, sociais, além de Seis representantes dos grupos religiosos ayahasqueiros do Brasil.

*** em 1982 já havia sido formada a primeira comissão multidisciplinar, também formada por médicos, psicólogos, antropólogos, além de representantes do Ministério da Justiça, Polícia Federal, Exército, etc. Essa comissão deveria averiguar in loco o fenômeno Santo Daime.

O uso ritualiístio da Ayahuasca é garantido, no Brasil, pela Resolução n. 04 do CONAD.

por Luís Pereira
Durante décadas o governo brasileiro vem estudando as atividades da Ayahuasca e inicialmente dois pareceres técnicos do antigo Conselho Federal de Entorpecentes (Confen), por iniciativa da União do Vegetal, pesquisou o uso religioso do chá em duas oportunidades, em 1986 e em 1992, por meio de comissão mista interdisciplinar.

Conforme relatório do Conselho Federal de Entorpecentes, assinado pelo Dr. Domingos Bernardo Gialluisi da Silva Sá, foi concluído que as plantas utilizadas na elaboração da Ayahuasca ficassem excluídas da lista de produtos proscritos pela Dimed (Divisão Médica do Confen). Essa conclusão foi aprovada pelo plenário do Confen, baseada em pesquisa feita por um Grupo de Trabalho nomeado pelo Ministério da Justiça. O relatório atesta que não há qualquer fato comprovado de que a Ayahuasca provoque prejuízos sociais.

Cito aqui – por julga-los eloqüentes – alguns trechos do parecer do Confen de 1986, aprovador por unanimidade e assinado pelo Dr. Domingos Bernardo de Sá, que presidiu o Grupo de Trabalho incumbido de examinar a questão:

“Padrões morais e éticos de comportamento em tudo semelhantes aos existentes e recomendados em nossa sociedade, por vezes até de um modo bastante rígido, são observados nas diversas seitas. Obediência à lei pareceu sempre ser ressaltada”.

“Os seguidores das seitas parecem ser pessoas tranqüilas e felizes. Muitas atribuem reorganizações familiares, retorno de interesse no trabalho, encontro consigo próprio e com Deus, etc., através da religião e do chá”.

“O uso ritual do chá parece não atrapalhar e não ter conseqüências adversas na vida social dos seguidores das diversas seitas. Pelo contrário, parece orienta-los no sentido da procura da felicidade social, dentro de um contexto ordeiro e trabalhador”.

Perante estes e outros fatos, no dia 2 de junho de 1992, o conselho decidiu liberar definitivamente a utilização da Ayahuasca para fins religiosos em todo o território nacional. Segundo a então presidente do Confen, Ester Kosovsky, "a investigação, desenvolvida desde 1985, baseou-se numa abordagem interdisciplinar, levando em conta o lado antropológico, sociológico, cultural e psicológico, além de análises fitoquímicas."

O relator do processo de investigação, Domingos Carneiro de Sá, explicou que o fato fundamental para a liberação da bebida foi o comportamento dos usuários e a seriedade dos centros que utilizam o chá em seus rituais: Não foram observadas atitudes anti-sociais dos participantes dos cultos, ao contrário, constataram os efeitos integrados e reestruturantes com indivíduos que antes de participarem dos rituais apresentavam desajustes sociais ou psicológicos.

São muitas as instituições religiosas que hoje, no Brasil, fazem uso da Ayahuasca. E há entre elas muita diversidade de rituais e doutrinas. Mas, em comum, pode-se dizer que todas se empenham para evitar o uso inadequado do chá e para esclarecer os objetivos construtivos de suas respectivas instituições.

Com essa finalidade, foi assinada em 191, em comum acordo entre as maiores instituições usuárias da Ayahuasca, uma “Carta de Princípios”, estabelecendo procedimentos éticos comuns em torno do uso da Ayahuasca, e, sobretudo, buscando regular o relacionamento das seitas com os veículos de comunicação, de modo a evitar a perpetuação de equívocos, prejudiciais a todos.
Recentemente, em 2006, por ocasião do Seminário da Ayahusca em Rio Branco do Acre, foi instituido o Grupo Multi-disciplinar de Trabalho para os estudos da Ayahuasca, conforme resolução n. 04 do Conad, que por sua vez, após meses intensos de investigação implementaram o atual "Documento de Deontologia", que visa trazer ainda mais legalidade as atividades dos grupos legalmente constituídos. Este relatório final foi aprovado pelo GMT em 23 de Novembro de 2006.
Finalmente, no dia 26 de Janeiro de 2010, foi publicado no Diário Oficial da União - No. 17 - na página 58, a Resolução N.1 do CONAD, dando por aprovado o Relatório Final do GMT.

Importante Saber

No I CONGRESSO INTERNACIONAL DA AYAHUASCA, ocorrido em novembro de 1992 em Rio Branco (Estado do Acre), foi elaborada uma Carta de Princípios para a utilização da ayahuasca, que define importantes diretrizes como:
Do preparo e do uso da Ayahuasca:A Ayahuasca é um produto da união do Banisteriopis Caapi (mariri ou jagube) e da Psychotria Viridis (chacrona ou rainha), fervidos em água. Seu uso, que é tradicional entre os povos da Amazônia, deve ser restrito, nos centros urbanos, aos rituais religiosos autorizados pelas direções das entidades usuárias, em locais apropriados, sendo vedada a sua associação a substâncias proscritas.
Dos rituais religiosos: Respeitada a liturgia de cada uma e tendo em vista as peculiaridades do uso da Ayahuasca, as entidades se comprometem a zelar pela permanência dos usuários nos locais dos templos enquanto estiverem sob o efeito do chá.
Do plantio e cultivo: As entidades têm direito ao plantio e cultivo dos vegetais necessários à obtenção da bebida, em face à depredação do habitat natural onde eles se encontram mais acessíveis.
Dos cuidados e restrições:
Comercialização: As entidades comprometem-se a não comercializar a Ayahuasca, mesmo a seus adeptos, sendo seus custos de produção, transporte, estocagem e distribuição às filiais de responsabilidade do Centro.
Curandeirismo: A prática do curandeirismo, proibida pela legislação brasileira, deve ser evitada pelas entidades signatárias. As propriedades curativas e medicinais da Ayahuasca – que essas entidades conhecem e atestam – requerem uso adequado e devem ser compreendidas do ponto de vista espiritual, evitando-se todo e qualquer alarde publicitário que possa induzir a opinião pública e as autoridades a equívocos.
Pessoas incapacitadas: Será vedada terminantemente a participação nos rituais religiosos, bem como o uso da Ayahuasca, às pessoas em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias proscritas (alucinógenas). A participação de menor de idade só será permitida com a autorização dos pais ou responsáveis.
Da difusão de informações: Grande parte das controvérsias e contratempos em torno do uso da Ayahuasca – inclusive junto às autoridades constituídas, decorre dos equívocos difundidos pelos veículos de comunicação. Isso impõe da parte das entidades usuárias especial zelo no trato das informações em torno da Ayahuasca, sendo indispensável:
Que cada instituição, ao falar aos veículos de comunicação, esclareça obrigatoriamente sua entidade, ressaltando que não fala pelas demais entidades usuárias.
Que cada instituição restrinja a pessoas experientes de sua hierarquia o direito de falar aos veículos de comunicação, tendo em vista os riscos decorrentes da difusão inconseqüente do tema, por parte de pessoas com ele pouco familiarizadas.
Quando estiver em pauta um tema comum às instituições usuárias, deve-se buscar entendimento prévio em torno do que será difundido, de modo a resguardar o interesse geral e a correta compreensão dos objetivos de cada uma.

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